terça-feira, 1 de novembro de 2016

Desconstruções

É preciso fazer algumas desconstruções ao longo do caminho. Nossas relações , sejam elas de que natureza forem, precisam do nosso olhar atencioso para que possamos dar o nosso melhor.
Certas horas é preciso demolir as paredes levando tudo ao chão, tudo o que está corroído pela ação do tempo e pela nossa falta de manutenção. No lugar construímos novas paredes não esquecendo do principal: o alicerce daquela construção feita. Não se pode arriscar construir nova morada em cima de um alicerce do qual temos consciência de que ele não suportará o peso de um segundo andar. Correr riscos nem sempre é uma grande e divertida aventura. Pode ser desastroso. Não se pode arriscar o nosso bem estar, nossa segurança emocional. O grande mal de todos nós é exatamente quando não consideramos os riscos que estamos correndo quando subestimamos as consequência de uma porta aberta numa parede errada. As escolhas estão sempre nas nossas mãos e com elas levamos a responsabilidade da qual não podemos fugir nunca. Colhemos exatamente o que plantamos. Assim ocorre em todas as nossas relações.
É claro que não vai ser uma manchinha na parede que nos fará demoli-la. Podemos pintar por cima e até mudar aquela cor que está ali por tanto tempo. A manchinha pode ser o grande estímulo da enovaçao. E temos que saber diferenciar o que precisa apenas ser mudada a cor e o que necessita urgentemente ser derrubado.
Tenhamos sempre a certeza de que numa construção em que fizemos morada e que nos confortou tanto, nada está perdido ainda que todas as aparências nos mostrem o contrário. É possível reconstruir para que esta morada se torne ainda mais segura e confortante.

Sonia Cavalcante

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