O mundo hoje acordou com um grande susto: contrariando todas as pesquisas realizadas nos Estados Unidos, vence para presidência o Republicano Trump. Assustador já que , por ser um repulblicano como Buch, suas medidas tendem à radicalização. Porém o que mais chamou a atenção neste momento inicial, foi o sistema eleitoral de uma nação que se diz democrática . Então vamos entender como esse sistema de votos funciona neste país.
O voto é indireto e funciona da seguinte forma.
Cada Estado tem seus representantes num órgão criado no século 18, chamado de Colégio Eleitoral, em função de , na época , existirem grandes dificuldades da realização de campanhas eleitorais devido ao tamanho e aos empecilhos de comunicação no país. Os chamados Delegados , representantes dos Estados e que compõem este Colégio, são eleitos previamente pelos cidadãos de cada Estado.
No dia das eleições, o povo vai às urnas e dá seu voto a um dos candidatos à presidência. Diga-se de passagem que o voto, neste caso, não é obrigatório. O candidato que tiver maior número de votos naquele Estado, leva os votos dos delegados que representam este Estado. Mas isso não é via de regra. A Constituição dos Estados Unidos garante a liberdade para que estes Delegados votem de acordo com suas vontades e não necessariamente de acordo com a vontade da população do seu Estado. Foi o que ocorreu nas eleições de 2000 , quando George Buch, que concorria à presidência com Al Gore, ganhou as eleições mesmo com a maioria de votos da população dado a Al Gore. Ou seja, a população elegeu um presidente , mas o Colégio Eleitoral elegeu outro e foi este outro quem assumiu a cadeira.
Então fica na minha mente a seguinte pergunta: onde está a democracia dos Estados Unidos ? O voto pode contrariar a vontade do povo , o que é assustador quando entendemos que um sistema democrático representa a vontade dos seus cidadãos.
A eleição de Tump abriu muitos canais de questionamentos. Torna-se, portanto, necessária uma reavaliação deste sistema de votos como ponta pé inicial para que os cidadãos norte americanos revejam suas decisões políticas.
Sonia Cavalcante
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