segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Contramão

Venha, fique assim por perto
Eu hei de entender nossa fragilidade
E todo o segredo por tanto tempo guardado
Mantido entre os silêncios dos nossos quartos
Que só agora abrimos nas mãos deixando
Serem revelados
Você e eu somos elos de um passado
Foi o tempo que virou na contramão
E ando com medo de perder o compasso
Nessa vastidão
Medo de desamarrar esse laço
E descobrir que todo passo
Sempre me levou na sua direção
E que por mais que eu tentasse impedir
Jamais conseguiria
Esse destino insano e tão desleal
Que rompeu a barreira do improvável
E nos lançou na indecisão
Me perdoe a franqueza
Não há como escapar
Essa vida é armadilha
Que dias aperta
Outros desperta
Não vai ter jeito de adiar
Estamos na fatalidade do que ainda vamos viver
E não estranhe esse jeito do destino
É o movimento de tudo que ainda existe
É por pura intuição ...

Sonia Cavalcante

Nenhum comentário:

Postar um comentário