" NOVA INFÂNCIA
(Tati Bonatti – 10/10/2016)
Por essas e outras questões irresolutas que a vida se revolve em torno de expectativas improváveis. Eu não trabalho no mundo do impossível, porque acredito em milagres. Há tempos que deixei de desistir. Há planos diversos, em que a gente é permitido existir. As mãos invisíveis que nos acariciam nas dificuldades também nos impulsionam com a força motriz de um empurrão que nos tira o chão, nos deixa perdidos, voando alto, no balanço da vida. Sobe e desce. É uma gangorra, é outra ferida. Desce e sobe. A gente se descobre. Eu sei sobre o que você quer conversar, a brisa está no ar. Corre lá fora, pega-pega. Infância é menina adulta que não larga mais a boneca que vive em si. Cachos dourados ao vento, e eu escrevo o teu nome na areia. A praia é vermelha, o sol é azul. Não há regras, pra quem vive de sonhos. E eu sempre abro bem os olhos, pra sonhar acordada, estendo a mão, para os que encontrar na caminhada. Há portas, há entradas. Viagens e estradas. Há a partida e a chegada. Há sempre o amor, o sabor da vida. Teu beijo e um sussurro, me sorrindo na esquina..."
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